Hoje, o Soneto de Fidelidade
acordou-me. Pensei em Vinicius e no seu centenário de nascimento.
Senti saudades de um dos meus
poetas prediletos. Mergulhei em alguns de seus versos e pensei em compor os
meus, para ele.
Apenas um gesto de delicadeza
para quem soube, desde a minha adolescência, inspirar o gosto pela leitura e
escrita.
Olho para os livros do
poetinha, que guardo em lugar especial na minha biblioteca e é impossível não me
render à emoção que aflora.
A monografia do meu curso de
Especialização em Estudos Linguísticos e Literários teve como título “Vinicius
de Moraes: sob o signo da paixão e da poesia”. E foi sob o signo da paixão e da
poesia que me vi completamente envolvida pelos versos de Vinicius.
Os textos de Vinicius tem,
para mim, o verdadeiro gosto da paixão, feito a fruta madura cujo sumo escorre
doce, suave, pela boca. Vinicius é isso. Uma intensidade refletida em versos.
Uma paixão derramada em forma de poema. Uma suavidade tecida em prosa.
E ele viveu aqui, em terras
baianas. Encantou-se por Itapoan e nela passou um bom tempo, vivendo a paixão,
saboreando o tempo bom da Bahia.
Se fechar meus olhos poderei
ver o poeta andando pelas areias de Itapoan. De certa forma, ele ainda está
ali, mesmo que seja em forma de estátua – uma merecida homenagem. Drummond tem
sua estátua na praia de Ipanema, no Rio. Vinicius tem a sua, na praia de
Itapoan, em Salvador.
E hoje é um dia especial.
Parabéns,
meu amado poeta.
Rita
Venâncio.
Salvador,
19 de outubro de 2013.
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